Viana Visão
Graças ao desenvolvimento da medicina e outras ciências que estudam o aumento da longevidade física, às vezes é possível obter uma razoável qualidade de vida depois dos setenta anos. Agora tenho todo tempo possível, para estudar novos desafios e aplicar minhas experiências em outras atividades. Resolvi ser útil em algo especial e atraente a literatura, ela sempre esteve presente em minha vida e hoje é um avivamento para minha memória. Há algumas décadas, uma pessoa com sessenta anos já parecia uma pessoa muito mais idosa, a aparência em geral, dava a sensação que parecia ter mais idade. Hoje aos setenta quero ocupar meu tempo, e espantar a ociosidade que seguramente se eu não cuidar vai acelerar a decadência do meu organismo. Alguns amigos e conhecidos brincam com minhas vestimentas, eu acho tudo muito positivo afinal não sou mais escravo das falsas aparências da moda ou do critério social. Outros conhecidos principalmente em viagens gostam de perguntar sobre a razão dos meus textos, explico de maneira leve e respeitosa com aval da experiência da minha idade. O respeito me faz abolir três assuntos que não comento religião, politica, e futebol, as razões são obvias o respeito e o direito de escolha de cada um, o respeito é a maior virtude do ser humano. Não devemos esquecer que a qualidade de vida tem que vir acompanhada de atividades para o corpo, com uma atenção dobrada à parte psicológica e social. Um provérbio afirma, Quando morre um idoso perde-se uma biblioteca. Saudações especiais aos jovens e idosos, principalmente os perseverantes, aguardem o lançamento do livro em breve! Autor: Viana Visão
Reflexões
Em civilizações que
valorizam o intelecto, ser idoso é sinônimo de experiência e sabedoria, visto
com respeito e admiração. Nas culturas orientais os idosos são símbolos de experiência
de vida. Já em outras culturas, principalmente as ocidentais, o idoso é visto
como ultrapassado e descartável. Em sociedades capitalistas, envelhecer é
frequentemente vivenciado como perda do sentido da vida, pois se valoriza
apenas aqueles que produzem, e deprecia-se o sujeito idoso. Em países desenvolvidos, o idoso com alto
poder aquisitivo, que conseguiu acumular recursos financeiros, materiais e
intelectuais enfrenta o envelhecimento de maneira diferente de idosos de baixo
poder aquisitivo. O processo de envelhecer, considerando o gênero e a condição
do indivíduo, pode ressaltar desigualdades quanto à qualidade de vida e ao
bem-estar. Idosos ricos são considerados como consumidores em potencial,
tratados como um segmento representativo da “melhor idade”. Além da questão
financeira, têm tempo para “aproveitarem” a vida, podendo gastar sem muita
preocupação. Essa, porém, não é a realidade da maioria dos idosos brasileiros
que, por não disporem do atributo qualitativo “poder aquisitivo”, fica
dependentes do auxílio de seus filhos, parentes ou de escassos benefícios
sociais que beiram a imoralidade. Dessa forma, para muitos do nosso país, a
velhice é um período da vida caracterizado por insegurança econômica, pouca
saúde, solidão, resistência às mudanças e ausência de recursos físicos e
mentais. Para envelhecer com qualidade é fundamental o fortalecimento
da tríade idoso-família-sociedade, reconhecendo os direitos, bem-estar,
integridade e saúde da população idosa, por meio da prevenção e promoção do
envelhecimento ativo. O envelhecimento é um direito personalíssimo e a sua
proteção, um direito social, e é dever do Estado garantir à pessoa idosa a
proteção à vida e à saúde mediante a efetivação de políticas públicas que
permitam um envelhecimento saudável e em condições de dignidade. Fonte: www.bemdoestar.org
Por Viana Visão