Viana Visão
Nos dias atuais tão
complexos, faz necessária a busca pelo equilíbrio não só familiar, mas também
na convivência social. Eu particularmente estou abolindo, as famosas redes que
se dizem sociais quantos equívocos. Em conversas com pessoas experientes
descobrir mudanças positivas. Fiquei surpreso com a mudança do dialogo, o
assunto trás uma serenidade espontânea. A minha curiosidade foi rápida em
pesquisar e começar a ler, o assunto é leve e espiritualista. Quanta riqueza,
algo que sempre mim motivou, a prestar homenagens aos meus antepassados.
Primeiro escrevi o Bisneto, tempos depois, Pai do meu pai, mãe da minha mãe, e Antepassados. A todos familiares
dedico com muito respeito, à oportunidade da reflexão. Não defendo teses, jamais
seremos donos da razão. Apenas valorizo a minha existência, sem estudos e
respeito jamais alcançaremos o conhecimento dos nossos deveres. Só sabemos para
onde caminhamos, quando lembramos e respeitamos a nossa origem familiar. Autor: Viana Visão
Reflexões
O alemão Bert
Hellinger, criador da Constelação Familiar, e sua esposa Sophie comentaram sobre
a crise de nosso país durante o Seminário Internacional de Constelações
Familiares em Brasília, em 2016. Para eles, a chave para sairmos disso como
nação é olharmos para os fatos obscuros do nosso passado histórico e honrarmos
aqueles que vieram antes. Por uma razão simples: tudo aquilo que a gente exclui
de nossas vidas nos prende e tudo aquilo que a gente inclui e aceita nos
liberta. O casal Hellinger disse que enquanto a população brasileira também
excluir os povos de origem, nosso país continuará a ser ingovernável. Quem são
aqueles que vieram primeiro, antes de o Brasil ser instituído como nação
soberana? Os índios. E quem veio depois e ajudou a formar o país como
conhecemos hoje? Os portugueses e africanos. Os índios nativos que não se
curvaram foram mortos, os que sobreviveram foram “catequizados” e proibidos de
seguir suas tradições. Seus descendentes hoje ainda lutam pelo direito de viver
em suas próprias terras. Os africanos trazidos à força foram escravizados e
seus descendentes ainda carregam a herança do racismo. Mulheres índias e negras
foram estupradas e subjugadas pelos homens europeus que aqui chegavam e suas
descendentes ainda carregam este trauma e direcionam sua raiva e desprezo aos
homens de hoje. Os portugueses sempre foram alvo de chacota e piadas
desrespeitosas e são apontados por muitos como a causa da corrupção sistêmica
que se instalou atualmente no país. Como avançar como nação com toda essa
exclusão? Dessa forma nós violamos dois dos princípios fundamentais para o
desenvolvimento de qualquer sistema: a ordem hierarquia e o direito de
pertencimento. Respeitar a ordem dentro de qualquer sistema uma família, uma
empresa ou país é reconhecer e honrar quem veio primeiro, as raízes. É preciso
dar um lugar em nossos corações a todos esses povos, culturas e nações. Afinal,
somos quem somos e estamos onde estamos graças àqueles que vieram antes de nós
e a tudo o que viveram. Só existe árvore grande e frondosa com raízes fortes e
profundas. Caso contrário, o destino é a queda. Existe uma forma de nos colocar
em paz com o nosso passado histórico: olhando e aceitando tudo o que foi, da
forma como foi, sem lentes cor de rosa e sem rejeição. Ao adotar essa postura,
podemos enfim reconhecer e honrar nossas origens. E ao abrir mão do julgamento,
algo mágico acontece. Podemos deixar o passado no passado. Não “será mais
preciso reviver aquilo que foi difícil e teremos a força para irmos adiante, em
direção ao novo, ao criativo.” Enquanto não há honra e respeito a todas as
culturas ancestrais, não haverá ordem e progresso. Autor: Bert Hellinger. Por Viana Visão