Viana Visão
Democracia governo em que o povo deveria exercer a soberania. No Brasil
vivemos em um sistema corrupto e contraditório. O sistema político em que os
cidadãos elegem os seus dirigentes por meio de eleições viciadas. Com o começo
da democracia no Brasil, o primeiro governo foi de Getúlio Vargas 1930-1934 é o
início da democracia no país, marcado pela conhecida revolução de 1930 que
acabou com a república velha com a derrubada do ex-presidente, Washington Luís.
Democracia é um tipo de organização social no qual o controle
político no Brasil deveria ser exercido pelo povo. O
sociólogo português Nelson Dias “a democracia e a educação são irmãs gêmeas. Ambas
fazem parte do mesmo processo civilizatório, desde a Grécia antiga''. No Brasil,
a desigualdade social tem sido um cartão de visita negativa para o mundo, pois é um dos
países mais desiguais. O Brasil precisa melhorar muito a qualidade do ensino,
especialmente do ensino público. Melhorar a educação é fundamental para
qualquer sociedade crescer de forma sustentável no longo prazo com justiça
social. A educação melhora a produtividade dos trabalhadores e de suas firmas,
facilitando inovações tecnológicas e a aplicação de novas técnicas gerenciais e
a desigualdade social. Ainda somos um dos países de pior distribuição de renda
no planeta, é alarmante a diferença entre ricos e pobres. Realizar o
enfrentamento ao racismo com altivez é um dos fatores primordiais das
desigualdades no Brasil, é preciso políticas públicas para diminuição da
desigualdade social. O equilíbrio do sistema tributário é primordial. Por tudo
que estamos vivenciando nos dias atuais, a jornada para um Brasil sério e
honesto será longa se acontecer. A politicagem nefasta devora a grandeza da honestidade democrática!! Autor: Viana
Visão
Reflexões
Atentem para a data desta publicação, 23
de outubro de 2007. Por que o Brasil continuará sendo um país
corrupto!! Porque já as eleições dos “nossos” representantes são realizadas de
modo a institucionalizar o crime, pois os grupos econômicos, ao patrocinarem a
eleição de Presidente, Governadores, Prefeitos etc., assim o fazem como é
natural, sob a condição de obterem financiamentos graciosos, participarem de
licitações premiadas, privatizarem o espaço público, multiplicando lucros; porque
num tal contexto, a política passa a constituir extraordinário atrativo para
criminosos profissionais, em geral burocratas medíocres, desqualificados moral
e tecnicamente, sem perspectiva fora da política; porque certos partidos
políticos passam a funcionar, assim, como autênticas quadrilhas, cujos membros
seguem a lógica do quem dá mais, por isso que trocam de legenda constantemente,
impunemente; porque o sistema representativo é um engodo
que conta com a participação do próprio eleitor, que não raro exige, em troca
do voto, algum proveito, de modo que o voto constitui, por isso, apenas um
expediente para legitimar e perpetuar o crime, afinal os eleitos não
representam o eleitorado, mas os seus próprios interesses e os interesses dos
grupos econômicos que os patrocinam; porque, apesar das fraudes, insistimos em
perpetuar determinados criminosos no poder, e a tudo assistimos passivamente; porque
a polícia, que deveria, junto ao Ministério Público, formar instituição única,
está subordinada ao Poder Executivo, de sorte que são prováveis investigados
Governadores, Prefeitos etc. que em última análise comandam as investigações; porque criminosos políticos estão protegidos por um sem número de
privilégios foro privilegiado, imunidades parlamentares etc. que os tornam
grandemente imunes às investigações; porque a corrupção política
traduz a nossa própria hipocrisia, a nossa indiferença, a nossa tendência ao
jeitinho; afinal, corrupção é de algum modo interação/acordo entre corruptor e
corrompido, entre eleitor e eleito; porque somos obrigados a votar,
quando votar é um direito e não um dever, pois o eleitor tem, há de ter, a
liberdade de votar em quem quiser, quando e se quiser, consciente e livremente; porque a democracia, essa desgastada metáfora, é uma palavra que
remete a múltiplas relações de poder que nada têm de democráticas, relações
frequentemente de violência e tirania e permanentemente em mutação Michel
Foucault; porque punir criminosos, embora necessário, não é o mais
importante; o mais importante consiste em identificar as estruturas de poder
que possibilitam o crime e mudá-las radicalmente, pois problemas estruturais
demandam intervenções também estruturais e não apenas intervenções sobre
indivíduos; porque insistimos em preservar instituições
absolutamente desnecessárias: Senado Federal, Câmara Distrital etc; porque, em vez de enfrentar os problemas em suas causas, em suas
raízes, tentamos combatê-las em suas consequências, tardia, burocrática e
simbolicamente; e isso equivale a não combatê-las; porque temos um Estado
excessivamente burocrático, que tudo pretende resolver por meio de leis,
demagogicamente; porque multiplicar leis não significa evitar
novos crimes, mas multiplicar novas violações à lei Beccaria; e as leis
desnecessárias enfraquecem as leis necessárias Montesquieu; porque mais leis, mais juízes tribunais, mais conselhos, mais
prisões, pode significar mais presos, mas não necessariamente menos delitos
Jeffery; porque o povo brasileiro acredita ser livre, mas está enganado: é
livre apenas durante as eleições dos membros do executivo e do parlamento,
pois, eleitos os seus membros, ele volta à escravidão, é um nada Rousseau; é
que a participação popular se limita ao sufrágio a cada quatro anos; mas
eleitos “seus” representantes, não se tem qualquer controle sobre seus atos, e
o cidadão, convertido em objeto e não sujeito da política, só poderá expressar
sua indignação nas eleições seguintes; o Brasil é e continuará sendo
um país corrupto simplesmente porque está estruturado para sê-lo!! Autor: Paulo Queiroz é Professor
Universitário e Procurador Regional da República em Brasília. Por Viana Visão