Viana Visão
Ariano Suassuna morreu no dia 23
de julho de 2014, vitima de uma parada cardíaca no real hospital
português no Recife. Não se faz necessário falar, sobre sua inestimável
colaboração para cultura do nosso Brasil. Continuo aprendendo com o humilde
mestre. Estou lendo o referenciado Matias Aires Ramos Da Silva.
Nascido em 27 de março de 1705 em São Paulo. Filósofo e escritor. Ao
longo da minha existência, por motivos de convivência familiar aprendi a praticar a
auto critica. Excelente método, para correção dos atos praticados no dia a dia.
Afirmo que continua sendo úteis nos tempos de hoje, cheio de contradições
equivocadas. Um trecho bíblico sempre mim chamou atenção, o
capitulo em Eclesiastes sobre vaidades. Sinto-me extremamente
privilegiado, ao deparar com a excelente narrativa do livro. Estou acompanhando atentamente a situação contraditória do país estamos de volta para escuridão, e do desrespeito, por falta de humildade. Essência primordial do bom entendimento familiar, a ganancia fala mais auto e prevalece. Vivemos a sensação que o sonho acabou, é o inicio do pesadelo da quebra da moralidade e do respeito humano. Estamos firmes no terceiro mundo parece que nunca sairemos, vivemos atrofiados e sem esperanças de mudanças confiáveis! Autor: Viana
Visão
Reflexões
Sobre a vaidade dos homens, cuja
primeira edição é de 1752, o autor tece suas reflexões a partir do trecho
bíblico extraído do Eclesiastes, vaidade das vaidades, tudo é
vaidade. Como um dos exemplos da vaidade dos homens, é citado à suntuosidade
dos mausoléus. Pagina 27: Que são os homens mais do que
aparências de teatro? Tudo neles é representação, que a vaidade guia: a fatal
revolução do tempo, e o seu curso rápido, que coisa nenhuma para, nem suspende,
tudo arrasta, e tudo leva consigo ao profundo de uma eternidade. Neste abismo,
donde entra, e nada sai se vão precipitar todos os sucessos, e com eles todos
os impérios. Os nossos antepassados já vieram, e já foram; e nós daqui a pouco vamos
ser também antepassados dos que hão de vir. As idades se renovam a figura do
mundo sempre muda os vivos, e os mortos continuamente se sucedem, nada fica
tudo se usa, tudo acaba. Só deus é sempre o mesmo, os seus anos não têm fim, a
torrente das idades, e dos séculos corre diante dos seus olhos, e ele vê a
vaidade dos mortais, que ainda quando vão passando o insultam, e se servem
desse mesmo instante, em que passam para o ofenderem. Miseráveis homens, gênero
infeliz, que nesse momento, que lhes dura a vida, preparam a sua mesma
reprovação; e que tendo vaidade, que lhes faz parecer, que tudo meditam que
tudo sabem, e que tudo preveem, só a não têm para anteverem as vinganças de um deus irado, e que com o seu mesmo sofrimento, e silêncio, clama, ameaça, julga,
condena. Pagina 49. Na lei universal ninguém ficou isento da dor, nem da
tristeza; todos nascem sujeitos ao mesmo princípio, que é a vida, e ao mesmo
fim, que é a morte: a todos compreende o efeito dos elementos; todos sentem o
ardor do sol, e o rigor do frio; a fome, e a sede, o gosto, e a pena, é comum a
tudo aquilo que respira: o autor do mundo fez ao homem sobre uma mesma ideia
uniforme, e igual, e na ordem com que dispôs a natureza, não conheceu exceções,
nem privilégios: nunca o homem pode ser mais nem menos do que homem; e por mais
que a vaidade lhe esteja sugerindo certos atributos, ou certas qualidades, que
o fazem parecer maior, e mais considerável, que os mais homens, essas mesmas
qualidades, ainda sendo verdadeiras, sempre são imaginárias; porque também há
verdades fantásticas, e compostas somente de ilusões. Pagina 76. Qualquer coisa é um obstáculo intratável:
assim devia ser, porque o prometer é fácil, o cumprir dificultoso; para
prometer basta a intenção. Quem promete, exercita um ato de liberdade, por isso
pode haver gosto na promessa; quem cumpre, já é por força da obrigação. Página 78. A ambição dos homens por uma parte, e pela outra, a vaidade têm feito
da terra um espetáculo de sangue: a mesma terra, que foi feita para todos,
quiseram alguns fazê-la unicamente sua: digam os Alexandre, os Césares, outros
mais conquistadores; heróis não por princípio de virtude, ou de justiça, mas
por um excesso de fortuna, de ambição, e de vaidade. Pagina 59. Olhamos
para o tempo passado com saudade, para o presente com desprezo, e para o futuro
com esperança: do passado nunca se diz mal; do presente continuamente nos
queixamos, e sempre apetecemos que o futuro chegue. “Atentei para todas as
obras que se fazem debaixo do sol, e eis que tudo era vaidade e aflição de
espírito”. Deixe a vaidade para os
que não têm outra coisa para exibir! Autor: Viana Visão
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe seu Comentário!